quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fofocas, julgamentos e um monte de outras baboseiras

Todo mundo, sem exceção, sempre reclama das outras pessoas. Uns mais, outros menos, mas reclamam. Sobre o que as pessoas fazem, o que elas sentem, como elas reagem aos seus próprios sentimentos e aos dos outros... Enfim, sobre tudo praticamente. Mas o que ninguém para pra pensar é nas suas próprias ações, nas suas próprias reações.

Não adianta sempre esperar do outro e não fazer nada, ficar sentado esperando. Para começar precisamos ser a mudança que queremos ver.

Se alguém faz algo com você é porque de alguma maneira você deixa. E você se faz de vítima, às vezes sem nem mesmo perceber.

Reflita um pouco sobre como você está agindo, como está tratando as pessoas e também como está sendo tratado. Porque de uma maneira ou de outra, a forma como você é tratado reflete muito o que você está fazendo, de bom ou de ruim, para as pessoas.

Além disso, se, por exemplo, alguém exige muito de você, de um modo que você não gosta, pense um pouco: será que você mesmo não fez por onde essa pessoa começasse a te tratar assim? Ou até mesmo aquele é simplesmente o jeito como a pessoa exige dos outros, não é pessoal.

Nós também temos esse terrível defeito de achar que tudo o que as pessoas fazem com a gente é pessoal, como se elas não tivessem nada melhor pra fazer do que ficar planejando como atormentar as nossas vidas.

Cai na real, isso até existe nos filmes, e pode até ser que existam algumas pessoas com sérios distúrbios emocionais que realmente façam isso, mas não é algo que você encontra em toda esquina.

Então, esqueça toda essa tensão e tente sentir as pessoas, ao invés de entendê-las. E pare de pensar que o mundo gira em torno de você. Porque NÃO gira. Aliás, o mundo não gira em torno de nada, apenas de si mesmo, como todas as pessoas deveriam viver, centradas em si, procurando ser um alguém melhor, ao invés de se preocupar com os outros de uma maneira nada construtiva.

Os seres humanos tem essa incrível capacidade de não saber escolher.

domingo, 17 de outubro de 2010

A ilusão de uma vida precipitada

Por que nós temos tanta pressa em adiantar tudo? Não conseguimos nos contentar com o que temos, sempre queremos mais e mais. Nem sempre algo maior é algo melhor. E às vezes acabamos esquecendo de tudo o que já temos e de todas as pessoas que já conquistamos.

Crescer, por exemplo, sempre é um desafio, mas uma grande expectativa. Não conheço uma criança que nunca tenha querido que parassem de a tratar como tal. Mas quando isso realmente acontece, é como um choque.

Acho que começamos a crescer quando percebemos que o mundo nem sempre é um conto de fadas e que existem coisas muito cruéis lá fora. A diferença é o modo como encaramos isso.

No começo é muito difícil, mas temos que seguir em frente. Se tivermos pessoas que nos amem e nos apóiem ao nosso lado tudo fica mais fácil, mas nada vai mudar se nós mesmos não quisermos, se não percebermos o quão abençoados e perfeitos somos e que a vida não precisa ser perfeita pra ser espetacular.

Costumo dizer que adoro a perfeição, e é verdade, mas o que muitas pessoas não entendem é que perfeição pra mim não é algo ou alguém sem defeitos ou com todas as características que me agradam.

Perfeição é quando, apesar de todos os defeitos, apesar de tudo que dá errado, a gente ainda consegue amar e querer, é quando nos sentimos perfeitamente ótimos sem nada demais ter acontecido. Perfeição é acordar de manhã sem saber o que nos aguarda e sair da cama com um sorriso no rosto, com fé e amor pra enfrentar o que aconteça.

E realmente a vida não é sempre bela, e o sorriso nem sempre predomina nas nossas feições, mas o que importa é como encaramos os erros e os imprevistos. O que importa é que no final fiquemos felizes com o resultado e percebamos como crescemos e que agradeçamos por tudo que temos, até as coisas ruins, pois são elas que nos fazem evoluir e nos tornam pessoas melhores.

E, principalmente, que saibamos e que deixemos que as pessoas que sempre estão ao nosso lado saibam o quanto são especiais e importantes para nós.

E nunca, nunca, jamais, deixar nada para amanhã. Afinal, amanhã é um novo dia e tudo pode acontecer.